Eu te pergunto: a culpa é dos pais?  Será mesmo? Após a trágica noticia da morte do adolescente de 13 anos que estava jogando on-line e se enforcou,  tenho notado a necessidade da sociedade em culpar alguém para justificar o fato trágico. A culpa recai, diretamente sobre os pais.

Somos impulsivos em responder que SIM, porém, peço que  vigie seus pensamentos e antes de julgar, sentenciar esses pais e essa família, analisem que atualmente os pais são pressionados a serem legais, liberais, compreensivos, e principalmente amigos dos filhos.

No mundo virtual facilmente as pessoas ficam muito próximas a você. Se acham na condição de assumirem papeis de delegados, investigadores, juízes: analisam, investigam, julgam e determinam a sentença: a culpa é dos pais!  São culpados por:

  • não terem vigiado o computador;
  • não estarem atentos ao comportamento do filho;
  • não observarem as marcas no corpo,
  • não terem visitados os sites que o filho costumava acessar;
  • e por ai vai…

A busca por independência, liberdade de expressão e por direito nos faz abrir mão de alguns valores e regras que eu sinceramente, busco a refletir todos os dias se estamos no caminho certo.

Os rótulos de machista, feminista, intolerante, preconceituoso, ditador, hipócrita são a todo instante colocados em nós e nós colocamos em outros! Ao agirmos de forma a não querer estes rótulos, acabamos sendo permissivos demais em muitas situações.

Falta o respeito! A ponto de nossos filhos não serem capazes de refletir que as suas atitudes podem atingir outra pessoa de forma trágica, como foi à combinação deste castigo/penalidade para quem perdesse o jogo.

Reflito, se pior ainda é não conseguir ensinar aos filhos que RECOMEÇAR não é fraqueza e sim CORAGEM e HUMILDADE.

Pergunto-me porque este menino sentiu necessidade de atender a uma regra tão imbecil que é a de testar os limites de seu corpo em busca de não perder status ou posição diante dos seus adversários neste jogo on-line…

A culpa é dos Pais. Será?

Não sou amiga do meu filho

Se existe um fato aqui em casa é que eu nunca fui é amiga do meu filho, nem pretendo ser. Está espantada? Não fique! Eu te explico: existe uma diferença em ser companheira e amiga.

Amigo/a é pra se divertir, é pra trocar confidências, pra planejar a próxima balada, a próxima artimanha.

Companheiro/a  é a pessoa que você sabe que pode confiar, que está ao seu lado para orientar, para conversar, para ouvir, para acompanhar.

Estou firme no propósito de conversar com meu filho, de entender os seus conflitos, de trocar ideias e valores, de explicar o que pode (o que permito) e o que não pode. Porquê não pode…

De fazê-lo entender que o respeito, vontade e a liberdade dele termina onde começa a do próximo, sendo essa definição, esse limite tão mais fino que um fio de cabelo.

Se a culpa é dos pais, acredito que não… Pelo que ouvi falar estavam em família, o ambiente na internet era de colegas conhecidos, tinha uma prima jogando com ele…

O que eu me esforço mesmo é para que eu tenha tomado todos esses cuidados que  exigem de nós pais. E caso uma fatalidade venha acontecer comigo ou com minha familia, eu tenha tantos outros sentimentos, menos o de culpa.

Mil bjs,

regina